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Category Archives: Vale Moçambique

CFM perde 36,8 ME com retirada da Vale da linha-férrea de Sena

17 Quarta-feira Jan 2018

Posted by mozrealblog in Carvão, CFM, Sem categoria, Vale Moçambique

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Comboio_vale_nacala

Comboio da mineradora Vale

A empresa ferroviária estatal moçambicana CFM deverá perder 36,8 milhões de euros anuais com a saída da empresa mineira brasileira Vale da linha-férrea de Sena, centro de Moçambique, estima a companhia.

“Perdemos um grande fornecedor de mercadorias nesta ferrovia”, declarou Augusto Abudo, diretor-executivo dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) na região centro, citado hoje pela Rádio Moçambique.

“A nossa obrigação é fazer um esforço para recuperar outros clientes. As áreas operacionais e comerciais estão a trabalhar nesse sentido”, acrescentou.

A linha de Sena liga a cidade portuária da Beira, em Sofala, e a vila de Moatize, em Tete, onde desde 2011 funcionam minas de carvão da Vale.
A empresa anunciou em 2016 que ia deixar de usar a linha devido à insegurança e baixa capacidade do volume de escoamento, passando a usar “exclusivamente” a linha de Nacala, infraestrutura que construiu em consórcio.

A nova linha parte de Moatize e segue para norte, atravessando o Maláui e reentrando em Moçambique na província de Nissa, cruzando Nampula, em direção ao porto de Nacala.

“Agora usamos exclusivamente a linha de Nacala para o escoamento do carvão” anunciou Rogério Cendela, especialista técnico de carvão da Vale, durante uma visita às minas, em novembro.

Aquele responsável justificou a medida com os ataques a locomotivas durante o conflito entre a Renamo e as forças de defesa e segurança moçambicanas, atualmente sob um cessar-fogo iniciado em dezembro de 2016.

Por outro lado, a linha de Sena escoava em media seis milhões de toneladas por ano, contra as atuais 18 toneladas da linha de Nacala, onde as operações de carregamento de navios em águas profundas têm também menos custos.

A Vale opera com sete comboios em contínuo na nova linha, para escoar maiores quantidades de carvão e maximizar o investimento.

Fonte:Lusa

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Carvão: O ouro negro para as exportações moçambicanas

14 Quinta-feira Dez 2017

Posted by mozrealblog in Carvão, Linha Ferrea Moatize-Macuse, Moatize, Sem categoria, Terminal Carvão, Tete, Vale Moçambique

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Lucros podem vir a ser a maior fonte de receitas de exportação do país a médio prazo. Produção e escoamento de carvão duplicou em dez meses, com a utlização do porto de Nacala.

Vale-terminal-carvao-nacala

“Apesar da perspetiva global não dar conforto a um país que aposta no setor, antecipamos que o aumento da produção fará com que o carvão seja a maior fonte de receitas de exportação no médio prazo (…) em Moçambique”. A previsão é de abril deste ano e foi avançada pela Economist Intelligence Unit (EIU). Entende aquela agência de análise, pertencente ao mesmo grupo da conceituada revista britânica “The Economist”, que a diminuição dos riscos securitários no país, aliada à subida dos preços do carvão no mercado internacional e ao investimento crescente de empresas indianas no território moçambicano – a Índia figura na lista dos países que mais têm, produzem e consomem carvão [ver infografia ao lado] – trouxe um “renovado fôlego” à indústria que tem tudo para ser um “mercado-chave” para Moçambique.

“O aumento da produção na mina de Moatize, de 8,7 milhões de toneladas em 2016 para 13 milhões em 2017, e 18 milhões em 2018, deve provavelmente ser suficiente para o carvão ultrapassar o alumínio como a maior fonte de receitas de exportação em Moçambique este ano”, aposta a EIU.

Previsões à parte, o governo moçambicano tem depositado cada vez mais esperanças no setor, para alavancar uma economia estagnada e demasiado dependente da África do Sul. Para tal, tem contado com a preciosa ajuda da multinacional brasileira Vale, que lidera a produção do carvão mineral num país com reservas estimadas superiores a 20 mil milhões de toneladas – a grande maioria oriundas de Moatize, na província de Tete, bem no interior da massa de território moçambicano acotovelada entre o Zimbabué, a Zâmbia e o Malawi.

Aliada à japonesa Mitsui, a Vale Moçambique conseguiu produzir e escoar 10 milhões de toneladas de carvão entre janeiro e outubro deste ano, duplicando dessa forma os valores obtidos nos primeiros dez meses de 2016. A empresa mineira aponta para um total de 13 milhões até ao final de 2017 e estabelece como meta uma produção anual de 22 milhões.

Grande parte do sucesso da multinacional brasileira tem que ver com a decisão de abandonar a linha férrea de Sena, que liga Moatize ao porto da Beira, e de passar a utilizar a linha de Nacala, que atravessa o Malawi, a caminho de um porto de águas profundas com capacidade para receber navios até 180 mil toneladas – o da Beira está limitado a 40 mil. A Vale também conta lucrar com a implementação do projeto, iniciado em 2012, de remodelação da atual linha férrea, construção de um novo corredor paralelo e edificação de um terminal de carvão no porto de Nacala-a-Velha.

Fonte: sol.sapo.pt

Brasileira Vale vai deixar de exportar carvão pelo porto da Beira

05 Terça-feira Dez 2017

Posted by mozrealblog in Beira, Carvão, Corredor Logístico de Nacala, Sem categoria, Vale Moçambique

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Carvao_moatize

Mina de carvão em Moatize, Tete, Centro de Moçambique.

A empresa brasileira Vale vai deixar de usar o Porto da Beira para exportar carvão a partir do próximo ano, passando a concentrar as operações no Corredor Logístico de Nacala, na província de Nampula, norte de Moçambique.

A informação foi avançada pelo presidente do Conselho de Administração (PCA) da Vale Moçambique, Márcio Godoy, à margem da cerimónia de assinatura dos contratos de financiamento para o melhoramento do Corredor Logístico de Nacala.

Godoy, citado hoje pelo jornal Noticias, a explicou que a mineradora pretende aumentar os volumes de escoamento, de 12 milhões de toneladas este ano para cerca de 17 ou 18 milhões de toneladas no próximo ano, volumes que podem ser muito bem acomodados no Corredor Logístico de Nacala.

Actualmente, a Linha de Sena e o Terminal de Carvão do Porto da Beira têm uma capacidade para escoar cerca de 20 milhões de toneladas, contudo o canal de acesso portuário só pode acomodar navios de até 40 mil toneladas.

Márcio Godoy explicou que o porto de águas profundas de Nacala-à-Velha recebe navios com capacidade de até 180 mil toneladas, sendo mais vantajoso para a Vale.

“Portanto, nós pretendemos exportar nos próximos anos 18 milhões de toneladas de carvão. Esta é quase a mesma capacidade que existe no Porto da Beira, e torna-se para nós vantajoso usar o Porto de Nacala devido à capacidade dos navios que para aqui são mobilizados”, referiu o PCA.

Na semana finda, a Vale rubricou um acordo de financiamento e os respectivos contratos financeiros vinculativos com a Mitsui em cerimónia que também contou com a participação de membros do Governo e financiadores, entre eles a Japan Bank for Internacional Cooperation (JBIC); Nippon Export and Investment Insurance (NEXI); Banco Africano de Desenvolvimento (BAD); e a Agência Sul-africana de Crédito à Exportação (ECIC).

Com a aprovação dos acordos, estão criadas as condições necessárias para que a Vale e a Mitsui viabilizem os trabalhos de melhoramento do Corredor Logístico de Nacala, através de intervenções na linha, aquisição de material circulante, nomeadamente vagões, locomotivas e outro equipamento para o manuseamento de carga.

Acredita-se que, com as intervenções previstas, o Corredor Logístico de Nacala possa registar significativas melhorias, podendo atingir uma capacidade de 22 milhões de toneladas, sendo 18 milhões para o escoamento do carvão e os restantes quatro milhões para carga diversa.

Do montante previsto para o investimento, uma parte destina-se a Moçambique e a outra ao Malawi, sendo que o prazo de reembolso do crédito é de 13 e 14 anos, quase metade do período da concessão do Corredor Logístico de Nacala.

Fonte: Lusa

Projecto Corredor de Nacala reforçado com 2,7 mil milhões de dólares

29 Quarta-feira Nov 2017

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Comboio_vale_nacala

Comboio da mineradora Vale

As empresas e financiadores do Corredor Logístico de Nacala, em Moçambique, assinam na quinta-feira em Maputo os contratos de financiamento de 2,7 mil milhões de dólares relativos ao projeto, anunciaram as empresas Vale e Mitsui.

O corredor, em operação desde 2016, é um investimento de 4,5 mil milhões de dólares que junta a multinacional brasileira Vale, o conglomerado japonês Mitsui e a empresa pública moçambicana de caminhos-de-ferro CFM.

O empreendimento inclui um porto de águas profundas em Nacala, norte de Moçambique, ligado a uma linha férrea com cerca de 900 quilómetros através da qual é escoado carvão extraído da província interior de Tete.

A Vale projeta exportar 18 milhões de toneladas de carvão por ano, atingindo o máximo da capacidade da nova ferrovia, contra 13 milhões de toneladas este ano e seis milhões em 2016.

No financiamento a longo prazo que vai ser formalizado, o Japan Bank for International Cooperation (JBIC) coloca a maior fatia, cerca de mil milhões de dólares, cabendo outra parcela semelhante a um consórcio de bancos japoneses, num empréstimo segurado pela Nippon Export and Investment Insurance (NEXI).

A Agência Sul-africana de Crédito à Exportação (ECIC) garante um empréstimo 400 milhões de dólares dos bancos ABSA, Investec, Rand Merchant e Standard Bank of South Africa.

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) entra com uma parcela de 300 milhões de dólares.

O reembolso está previsto em 14 anos a partir de uma tarifa relacionada com os serviços de transporte de carvão e carga geral fornecidos pelo corredor – tarifa introduzida em abril após a conclusão da transação de capital entre a Vale e a Mitsui e posterior reconsolidação do Corredor Logístico de Nacala.

Os fundos agora recebidos “serão principalmente pagos à Vale para fazer face aos empréstimos feitos pelos acionistas durante a construção do corredor, mas também serão usados para apoiar a aceleração do empreendimento”, anunciou a empresa em comunicado.

“O financiamento do projeto completa a estrutura de investimento planeada para apoiar a aceleração do corredor logístico até a plena utilização da capacidade”, acrescentou.

Por outro lado, o processo “demonstra a maturidade institucional e do apoio do Governo em Moçambique e no Maláui”, referiu a Vale.

“As autoridades a todos os níveis governamentais cooperaram plenamente e permitiram que se estruturassem todos os quadros regulamentares, financeiros e legais que apoiam o projeto financeiro”, sublinhou.

“A Vale deseja que o ‘Nacala Project Finance’ se torne num cartão postal e numa referência para a atração de outros investimentos em grande escala para ambos os países”, concluiu a empresa.

Fonte: Lusa

Vale assina project finance de US$2,73 bilhões para corredor logístico de Nacala

28 Terça-feira Nov 2017

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Comboio_vale_nacala

Comboio da mineradora Vale

A mineradora brasileira Vale informou que foram assinados nesta segunda-feira os contratos financeiros do project finance do Corredor Logístico de Nacala (CLN), em Moçambique, em que as empresas sócias, incluindo a própria companhia, receberão 2,73 bilhões de dólares.

“Os fundos recebidos serão principalmente pagos à Vale para reembolsar parte dos empréstimos feitos pela empresa na forma de ‘shareholders loans’ concedidos para a construção do CLN, e também serão usados para apoiar o ramp-up do corredor”, disse a Vale.

Segundo a Vale, o instrumento de project finance será amortizado em 14 anos com os recursos provenientes da tarifa relacionada aos serviços de transporte de carvão e aos serviços de carga geral fornecidos pelo CLN.

A tarifa foi introduzida em abril de 2017 com a conclusão da transação de equity com a japonesa Mitsui, sócia da Vale no CLN. Em março, a mineradora recebeu 733 milhões de dólares da companhia japonesa relacionados a esta negociação.

“O project finance de Nacala completa a estrutura de investimento elaborada para apoiar o ramp-up do corredor logístico até a plena utilização de capacidade”, disse a Vale.

A conclusão da transação e o recebimento dos recursos estão sujeitos a condições precedentes usuais para um project finance e devem ocorrer em breve, segundo a companhia.

Aumento da produção em Moatize mostra que carvão é o motor da economia – Economist

30 Segunda-feira Out 2017

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Carvao_moatize

Mina de carvão em Moatize, Tete, Centro de Moçambique.

A Economist Intelligence Unit (EIU) considerou hoje que o aumento da produção de carvão na mina de Moatize reforça a convicção de que esta matéria-prima é o principal motor do crescimento económico de Moçambique.

“Os últimos números da produção reforçam a nossa visão, segundo a qual o carvão é o principal motor do crescimento da economia de Moçambique”, escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist.

Numa análise à produção do carvão em Moçambique, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas dizem que “a produção acumulada até ao terceiro trimestre em Moatize mostra um crescimento de 38,8% face aos primeiros nove meses de 2016 e uma subida de 5,8% face ao terceiro trimestre do ano passado, e sinaliza que o forte crescimento nas exportações de carvão na primeira metade de 2017 continuou até setembro”.

A 19 de outubro, a mineira brasileira Vale anunciou que a produção de carvão em Moçambique atingiu o recorde trimestral de 3,2 milhões de toneladas no terceiro trimestre do ano e que as suas operações de logística em Moçambique atingiram um recorde de volume transportado, alcançando 3,5 milhões de toneladas no terceiro trimestre, resultado 15% acima dos três meses anteriores.

“Moatize é tecnicamente capaz de produzir 22 milhões de toneladas por ano, o que marcaria um significativo aumento face às 12 milhões que a Vale espera produzir em 2017”, escrevem os analistas da Economist, alertando, no entanto, para as dúvidas sobre a obtenção desse valor.

“Apesar de duvidarmos que a produção anual de 22 milhões de toneladas seja alcançada a médio prazo, esperamos um crescimento considerável nos próximos anos, o que significa que haverá um aumento substancial das receitas das exportações num país que enfrenta dificuldades económicas”, consideram.

A capacidade de produção, ainda assim, enfrenta dificuldades por parte dos investidores, que hesitam em avançar para novos projetos a médio prazo.

“Os mineiros prospetivos estão constrangidos por dificuldades de transporte da província de Tete para a costa e por preços mais baixos a médio prazo, que deverão descer de 82 dólares por tonelada este ano para 70 dólares por tonelada entre 2018 e 2020”, diz a EIU.

Os investidores “também deverão ser condicionados por empreendimentos mediáticos que falharam”, como a aposta da Rio Tinto, que comprou ativos por 3,7 mil milhões de dólares em 2011 e acabou por vendê-los por 50 milhões, e enfrenta agora um processo judicial por ter “alegadamente enganado os acionistas neste negócio desastroso em Moçambique”.

Fonte: Lusa

Produção de carvão da Vale em Moçambique atinge 3,2 milhões de toneladas no terceiro trimestre

24 Terça-feira Out 2017

Posted by mozrealblog in Carvão, Moatize, Sem categoria, Vale Moçambique

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Carvao_moatize

Mina de carvão em Moatize, Tete, Centro de Moçambique.

A mineradora brasileira Vale anunciou que a produção de carvão em Moçambique, na mina de Moatize, na província de Tete, atingiu o recorde trimestral de 3,2 milhões de toneladas no terceiro trimestre do ano, ficando 5,8 por cento acima do trimestre anterior.

Um relatório divulgado pela mineradora informa que em relação ao mesmo período de 2016, a produção de carvão em Moçambique cresceu 38,3 por cento.

O relatório mostra que a produção de carvão metalúrgico de Moçambique no terceiro trimestre foi de 1,9 milhões de toneladas, ficando 9,6 por cento abaixo do segundo trimestre do ano.

No mesmo período a produção de carvão térmico foi de 1,4 milhões de toneladas, ficando 37,7 por cento acima do trimestre anterior.

A mineradora brasileira também destacou que suas operações de logística em Moçambique atingiram um recorde de volume transportado, alcançando 3,5 milhões de toneladas no terceiro trimestre, resultado 15 por cento acima dos três meses anteriores.

A produção de minério de ferro da Vale atingiu o recorde de 95,1 milhões de toneladas no terceiro trimestre do ano, ficando 3,3 milhões de toneladas acima do trimestre anterior.

Fonte: Macauhub

Opinião: Olhar para Moçambique

07 Segunda-feira Ago 2017

Posted by mozrealblog in Cooperação, Cooperação Brasil- Moçambique, Recursos Minerais, Rodrigo Baena Soares, Sem categoria, Vale Moçambique

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Comboio_vale_nacala

Comboio da mineradora Vale no Corredor de Nacala/Foto AIM

As relações do Brasil com a África são essenciais e respondem a um sentimento profundo da sociedade brasileira. Bastaria visitar, como tenho feito ao longo de quase dois anos como embaixador em Moçambique, com uma visão aberta e sem preconceitos, muitas regiões do continente para se verificar o quanto temos em comum. Esses traços comuns formaram o alicerce a partir do qual os vínculos entre o Brasil e a África se ampliaram e possibilitaram a consolidação de diversas exitosas parcerias ao longo das últimas décadas, como a que mantemos com Moçambique.

A recente visita do ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, serviu para reafirmar a condição daquele país-irmão como parceiro prioritário e dissipar temores e rumores de distanciamento do Brasil em relação à África. Reforçou áreas tradicionais do relacionamento bilateral, sobretudo a cooperação, a cultura e os investimentos, e possibilitou a abertura de novas frentes entre os dois países.

Como vários outros países, o Brasil investe em Moçambique. Os montantes ultrapassam US$ 9 bilhões e estão associados às áreas de mineração, energia e construção civil e cada vez mais à agricultura. Em sua estada em Moçambique, o ministro participou da inauguração do corredor logístico de Nacala, no centro-norte do país, obra realizada pela Vale. O empreendimento foi construído para o escoamento de carvão e inclui ferrovia de 912 quilômetros, além de infraestrutura portuária, com potencial de exportar por ano até 18 milhões de toneladas de carvão, atualmente o principal item da pauta de exportações do país. Temos muito ainda a avançar em termos de investimento brasileiro em Moçambique, país de grande potencial em áreas como agricultura e indústrias como pneus, vidros e têxteis, com benefícios para empresários brasileiros e moçambicanos.

Moçambique é o maior beneficiário da cooperação brasileira no mundo todo. São mais de 40 projetos em execução, em áreas das mais diversas como educação, saúde, agricultura, desenvolvimento urbano e formação profissional. Embora com as conhecidas limitações orçamentárias, estamos conseguindo manter os programas e mesmo ampliá-los, como o projeto na área de gestão sustentável de recursos naturais, em parceria com o Banco Mundial, o primeiro do gênero assinado pelo Brasil. Apenas neste último semestre, foram realizadas 29 missões de cooperação técnica. Ainda durante a visita do chanceler brasileiro, a fortíssima identidade cultural entre os dois países foi reforçada com a reabertura do renovado espaço do Centro Cultural Brasil-Moçambique e a inauguração do auditório Vinicius de Moraes, justa homenagem ao grande poeta e diplomata.

Temos que continuar a forjar parcerias concretas com Moçambique no presente e no futuro na busca de um efetivo intercâmbio econômico, tecnológico, de cooperação e de investimentos. Estou convicto de que parcerias com países como Moçambique contribuem para a nossa projeção, emprestam visibilidade a políticas públicas exitosas e a soluções tecnológicas nacionais e impulsionam o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Por Rodrigo Baena Soares, Eembaixador do Brasil em Moçambique

Carvão passa a liderar exportações de Moçambique com valor a crescer 200% – banco central

14 Quarta-feira Jun 2017

Posted by mozrealblog in Carvão, Recursos Minerais, Sem categoria, Tete, Vale Moçambique

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Carvao_moatize

Mina de carvão em Moatize, Tete, Centro de Moçambique.

O valor da exportação de carvão mineral de Moçambique cresceu 200% entre o primeiro trimestre de 2016 e o mesmo período de 2017, passando o produto a representar um terço do valor das exportações, anunciou o banco central.

Os dados fazem parte do boletim estatístico mensal que o Banco Central de Moçambique voltou a distribuir a partir de hoje.

As exportações cresceram de um valor de 670 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2016 para 977 milhões no primeiro trimestre deste ano (dados provisórios).

A exportação de carvão mineral valeu 108 milhões de dólares e passou a saldar-se em 326 milhões no mesmo período – passando a liderar a lista, representando 33,4% do valor de bens exportados, mais do dobro do peso anterior que era de 15,6%.

Diversos analistas tinham já antecipado à Lusa nos últimos meses que o carvão iria passar a ser o mais importante produto de exportação de Moçambique, devido à subida global de preços e de procura e devido ao aumento de capacidade de produção da mineira Vale.

O valor da exportação de alumínio também subiu no intervalo em análise, de 192 milhões de dólares para 249 milhões, mas o produto deixou de ter o maior peso na receita para passar para segundo lugar – com uma fatia de um quarto (25%) da repartição de valor.

Carvão e alumínio representaram 59% do valor das exportações de Moçambique no primeiro trimestre deste ano.

Ainda de acordo com o boletim do Banco de Moçambique, as Reservas Internacionais Líquidas do país (depósitos em moeda estrangeira dos bancos centrais e autoridades monetárias) em abril eram de 2,2 mil milhões de dólares, seguindo uma tendência de aumento desde fevereiro.

O valor permite cobrir cerca de quatro meses de importações do país, de acordo com um dos gráficos do boletim.

Fonte: Lusa

Vale vai atingir pico de exportação a partir de Moçambique em 2018

12 Sexta-feira Maio 2017

Posted by mozrealblog in Carvão, Corredor Logístico de Nacala, Nacala-a-Velha, Recursos Minerais, Sem categoria, Terminal Carvão, Tete, Vale Moçambique

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Mina de carvão da Vale em Tete

A Vale vai atingir em 2018 o escoamento máximo de carvão natural em Moçambique, através do novo Corredor Logístico de Nacala (CLN), exportando por aquela via 18 milhões de toneladas anuais, disse hoje fonte ligada ao empreendimento.

Em declarações aos jornalistas, o analista operacional do porto de Nacala, Hetor Cumbane, disse que, até ao final de 2017, a Vale espera ficar já perto daquela fasquia e exportar através da nova linha férrea cerca de 13 milhões de toneladas.

O corredor, que inclui um novo terminal portuário, vai ser inaugurado sexta-feira pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

Em 2016, ano em que começou a haver circulação no CLN após uma fase de testes, “foram exportadas seis milhões de toneladas de carvão, que vão passar para cerca de 13 milhões este ano e para 18 milhões em 2018, atingindo o pico da linha férrea”, afirmou Cumbane.

Para poder exportar em pleno o carvão que produz em Moatize, província de Tete, centro de Moçambique, a Vale associou-se à japonesa Mitsui e à empresa pública moçambicana CFM, num investimento de 4,1 mil milhões de euros, construindo uma linha férrea com 912 quilómetros, incluindo 200 quilómetros que passam pelo vizinho Malaui.

“A linha férrea Moatize-Nacala dá maior capacidade de escoamento de carvão à Vale e o cais permite a atracagem de navios de muito maior calado”, explicou o analista operacional do porto da CLN, mais de dois mil quilómetros a norte da capital moçambicana.

Antes da entrada em operação plena da nova linha férrea e do novo porto, o máximo que a Vale podia exportar eram seis milhões de toneladas por outra via: a linha férrea de Sena, que liga as minas de Moatize ao porto da Beira, província de Sofala, centro de Moçambique.

Só que o porto da Beira tem menor profundidade que o de Nacala e está constantemente sujeito a operações de dragagem.

“O porto de Nacala não tem limitação de calado, nem sofre com variações de maré: no ano passado, atracou aqui um navio com 187 mil toneladas”, afirmou Hector Cumbane.

Através da nova linha férrea, locomotivas da Vale com 60 vagões cada transportam carvão metalúrgico, usado em grandes unidades industriais, e carvão térmico, para geração de energia.

Tudo segue até ao porto, de onde o carvão é depois exportado em grandes navios para Europa e Ásia.

De acordo com dados do CLN, na fase de construção, o corredor chegou a empregar cerca de dez mil pessoas e agora, na fase de operação, dá trabalho a quatro mil – sendo a maioria moçambicanos -, ao longo dos 912 quilómetros de extensão.

Fonte: Lusa

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