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Category Archives: Fundo Monetário Internacional

FMI prevê abrandamento da economia de Moçambique e recomenda reequilíbrio de políticas

14 Quinta-feira Dez 2017

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um abrandamento da economia de Moçambique este ano com uma taxa de crescimento de 3% do PIB, face a 3,8% em 2016, anunciou hoje a instituição em comunicado.

Segundo o corpo técnico que visitou Moçambique até quarta-feira, espera-se que “o crescimento venha a declinar para cerca de 3% em 2017, comparativamente a 3,8% em 2016”.

Na última previsão, apresentada a 16 de novembro, o FMI referia que o crescimento da economia moçambicana deveria recuperar para uma taxa de 4,7% em 2017 e 5,3% em 2018 – em linha com a previsão do Governo para o próximo ano.

O comunicado hoje divulgado traça outro cenário, referindo que “o crescimento de Moçambique continua a abrandar e as perspetivas continuam desafiadoras, exigindo um reequilíbrio urgente da combinação de políticas para assegurar uma estabilidade macroeconómica duradoura e reforçar as perspetivas de crescimento inclusivo”.

A avaliação foi feita por uma equipa do corpo técnico do FMI, chefiada por Michel Lazare, que visitou Moçambique entre 30 de novembro e até quarta-feira, para concluir a Consulta ao Abrigo do Artigo IV do organismo.

O FMI considera que “a política monetária restritiva foi bem sucedida na redução da inflação anual para cerca de 7% em novembro de 2017 e a taxa de câmbio estabilizou nos últimos seis meses”.

A posição externa melhorou, o que permitiu ao Banco de Moçambique “acumular reservas substanciais em divisas”.

Ainda assim, o crescimento do PIB deve abrandar, em vez de acelerar.

“As perspetivas para 2018 e para o médio prazo continuam desafiadoras, especialmente considerando o enfraquecimento continuado da cobrança de receita e a rigidez das pressões da despesa corrente”, aponta o fundo.

O organismo recomenda que se acabe com isenções de IVA e de outros impostos, a par de uma redução da despesa corrente, mas que proteja as despesas do Estado de âmbito social e em infraestruturas.

Ao mesmo tempo, é preciso baixar as taxas de juro para facilitar o acesso das pequenas e médias empresas ao crédito.

Embora a política fiscal continue a colocar pressões sobre as taxas de juro do mercado, a missão do FMI “encoraja o banco central a reconsiderar o ritmo dos cortes na taxa de referência, considerando o grande e inesperado declínio da inflação”.

A taxa de referência (prime rate) introduzida em junho e definida mensalmente estreou-se com um valor de 27,75% e desde então registou duas descidas vigorando uma taxa de 27,5% em dezembro.

“Espera-se que as pressões substanciais da despesa resultantes do serviço da dívida e dos salários, bem como a cobrança de receitas menor do que o previsto, resultem no défice fiscal global superior a 8% do PIB”, calcula o FMI.

O corpo técnico refere ainda no comunicado de hoje que, a médio prazo, será necessário “um esforço fiscal sustentado para baixar os défices e reduzir a acumulação adicional de dívida pública interna e externa, incluindo os atrasados a credores e fornecedores”.

A missão incitou as autoridades a avaliarem a viabilidade de projetos de investimento público, as limitações da capacidade de absorção e a sustentabilidade da dívida.

Fonte: Lusa

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Moçambique precisa de voltar a ter um programa com o FMI diz ministro das Finanças

29 Quarta-feira Nov 2017

Posted by mozrealblog in Adriano Maleiane, Dívida Pública, FMI, Fundo Monetário Internacional, Reestruturação da dívida, Sem categoria

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Dolares_notasO ministro das Finanças de Moçambique considera que o país precisa de voltar a ter um programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI), apesar de o tema estar fora da agenda da missão que chega na quinta-feira ao país.

“Nós precisamos de dinheiro, nós precisamos do programa, é preciso ficar claro”, referiu o governante na última intervenção pública em que abordou a relação com o fundo e em que perspetivou a visita.

Adriano Maleiane falava no início do mês numa conferência internacional promovida pelo jornal Financial Times, em Maputo.

O ministro deu exemplos de reformas em perspetiva nas contas públicas de Moçambique e referiu que “toda a consolidação fiscal vai exigir dinheiro”.

A reforma da folha salarial do Estado e consequentes aposentações exige um reforço de 300 milhões de dólares para o Instituto Nacional de Previdência Social, “só para atribuir fundos e pagar responsabilidades passadas”, referiu.

Noutro exemplo, disse serem necessários 305 milhões de dólares para fazer face à dívida acumulada junto do setor empresarial desde 2009.

“E se pegar nas empresas públicas e reestruturá-las” a soma de todos estes processos ascende a mil milhões.

Face às verbas necessárias, “o FMI precisa de estar connosco”, até porque “é o catalisador” do financiamento de outros parceiros, realçou Adriano Maleiane.

A missão que vai chegar na quinta-feira a Maputo vai discutir com as autoridades moçambicanas a evolução da economia do país e o processo das dívidas ocultas de dois mil milhões de dólares, que levou à suspensão do programa com o FMI em 2016.

“Estamos a trabalhar com o fundo, temos que ultrapassar isso”, sublinhou.

“Pensamos que estamos a caminhar muito bem para que a situação seja clarificada. Penso que tudo está a ser feito para termos a situação normalizada com todos as atores, incluindo particularmente os credores, porque precisamos também deles no futuro”, referiu.

Maleiane espera que a visita, com encontros a decorrer de 30 de novembro a 13 de dezembro, sirva para um “balanço”.

O fundo visita Moçambique ao abrigo do artigo quarto dos seus estatutos, que prevê consultas aos estados membros, mesmo sem programa financeiro em vigor.

O último encontro entre Moçambique e FMI ao abrigo do artigo quarto decorreu em outubro de 2015, recordou o ministro das Finanças.

Fonte: Lusa

Missão do FMI visita Moçambique com situação económica e dívidas ocultas na agenda

29 Quarta-feira Nov 2017

Posted by mozrealblog in Dívida Pública, FMI, Fundo Monetário Internacional, Reestruturação da dívida, Sem categoria

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fundo_monetario_internacionalUma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) chega na quinta-feira a Moçambique para discutir a evolução da economia do país e o processo das dívidas ocultas, disse à Lusa o representante da instituição em Maputo, Ari Aisen.

A retoma de um programa financeiro do FMI com o Estado moçambicano, suspenso em 2016 devido ao escândalo da dívida soberana, não está, para já, em cima da mesa.

“Não estamos agora contemplando isso: o foco é realmente o artigo 4.º”, dos estatutos do FMI, que rege a visita, e só “eventualmente se discutirá” o tema, referiu Ari Aisen em entrevista à Lusa.

O artigo em referência é uma norma que prevê consultas aos países-membros, nas quais são feitas avaliações do desempenho macroeconómico, em que se discutem “politicas monetárias, fiscais e financeiras para realmente fazer face à conjuntura”, detalhou.

Questionado sobre se, nesse cenário, se incluem as dívidas ocultas, Ari Aisen referiu que o dossiê “vai estar sob análise”, num contexto de “reformas estruturais” e da “resposta do Governo”, nomeadamente sobre “como fechar essa informação em falta na auditoria” ao processo.

“A missão vai indagar quais os planos do governo nessa área”, acrescentou.

A visita da equipa do FMI deverá prolongar-se até 13 de dezembro.

“A ideia é que, no próximo ano, tenhamos um relatório” sobre estas consultas, referiu o representante da instituição.

Ari Aisen prevê que o documento seja publicado no início de 2018 “para que a posição do FMI fique retratada”.

O fundo e o grupo de 14 doadores diretos ao Orçamento de Estado (em que se inclui Portugal) suspenderam em 2016 as transferências para Moçambique na sequência do escândalo das dívidas ocultas.

O ministro das Finanças, Adriano Maleiane, disse este mês que o país precisa de retomar os apoios internacionais e que está a trabalhar para dar as respostas que faltam sobre o destino dos dois mil milhões de dólares de empréstimos ilegalmente obtidos com garantias soberanas, sem autorização do parlamento, ao qual, segundo a lei, cabe a decisão.

A dívida foi contraída em 2013 e 2014, durante a presidência de Armando Guebuza, por três empresas públicas detidas pelo Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE): a Ematum, supostamente dedicada a uma frota de pesca, a Proindicus, de segurança e vigilância marítima, e a MAM, ligada à manutenção naval.

Uma auditoria da consultora internacional Kroll pedida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e divulgada em junho descreve as firmas como uma fachada, sem planos de gestão credíveis e implica vários detentores de cargos públicos em todo o processo, sem os nomear.

A Kroll queixa-se ainda de lhe ter sido negado acesso a informação relevante para perceber para onde foi o dinheiro, sob justificação de ser material sensível relativa à segurança do Estado.

Até ao momento não são conhecidas quaisquer diligências da justiça moçambicana no sentido de apurar responsabilidades.

O FMI mantém a posição oficial comunicada no final da última missão a Moçambique, em julho, de que só deverá retomar um programa depois de serem fornecidas informações que foram negadas pelas próprias empresas públicas à Kroll e depois de haver uma forma de responsabilização pelas irregularidades conhecidas.

Entretanto, as agências de notação financeira desceram o ‘rating’ do país por incumprimento, fechando portas a financiamento nos mercados internacionais.

A atuação dos bancos que concederam os empréstimos está também a ser investigada pelo polícia federal (FBI) e Ministério da Justiça dos Estados Unidos, para além dos reguladores financeiros do Reino Unido e da Suíça.

Fonte: Lusa

Analistas prevêm negociações demoradas e complexas com os credores de Moçambique

07 Terça-feira Nov 2017

Posted by mozrealblog in Fundo Monetário Internacional, Sem categoria, The Economist

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Sede do Banco de Moçambique/Foto: Edmundo G. Matos

Os analistas financeiros que acompanham a economia de Moçambique convergem na ideia de que o Governo quer evitar ajudas externas e que as negociações com os credores serão complexas e demoradas, dificultando a retoma económica.

“A nossa estimativa central é que o Governo vá continuar neste caminho de isolamento, acumulando dívidas aos fornecedores e credores, endividando-se fortemente no mercado interno e exacerbando os desequilíbrios macroeconómicos enquanto espera pelas receitas do gás”, escreveram os peritos da unidade de análise da revista britânica ‘The Economist’.

“A renegociação da dívida poderá ser um processo difícil e demorado, mas que as autoridades locais vão acabar por ter que resolver nos próximos meses dado que Moçambique ainda é um país bastante dependente de ajuda internacional”, disse à Lusa o economista-chefe da consultora Eaglestone.

“O regresso da ajuda do FMI e de outros doadores internacionais, que atualmente se encontra suspensa, irá depender da resolução deste processo e da saída do país da atual situação de incumprimento financeiro”, acrescentou Tiago Dionísio.

Num artigo sobre a evolução do país, a agência de informação financeira Bloomberg escrevia que “um ano depois de Moçambique ter espantado os investidores ao anunciar uma reestruturação da dívida, as conversações com os detentores dos títulos de dívida e o Fundo Monetário Internacional (FMI) não levaram a lado nenhum”.

As dificuldades sobre as negociações assentam na diferença de perspetivas entre o Governo e os credores: enquanto o Governo quer tratar todos por igual e no mesmo momento e com as mesmas condições, os detentores de 727,5 milhões de dólares em títulos da dívida, e que já tiveram um corte no rendimento, recusam ser equiparados aos bancos e investidores que emprestaram cerca de 1,4 mil milhões de dólares às empresas públicas Mozambique Asset Management (MAM) e à Proindicus.

As dificuldades são também políticas e judiciais, acreditam vários analistas, já que a divulgação da totalidade do relatório da Kroll poderia comprovar o envolvimento das principais figuras do partido no poder.

Os analistas da Exotix Capital consideram que o FMI não vai ceder e só retomará a ajuda financeira se a auditoria da Kroll for divulgada na totalidade e o Ministério Público apresentar o destino dos 500 milhões de dólares que a consultora diz não conseguir identificar.

“Estamos num estado de quase suspensão; nada andou para a frente; o FMI quer ajudar o país mas não pode simplesmente recompensar o mau comportamento”, disse o diretor do departamento de pesquisa desta consultora, Stuart Culverhouse, depois de uma reunião com os líderes do FMI e do Banco Mundial em Washington.

A estratégia de Moçambique, que conseguiu ultrapassar a fase mais crítica do incumprimento financeiro evitando uma recessão económica, tem sido ajudada pelo aumento dos preços do carvão e do alumínio, as duas maiores exportações do país, o que juntamente com uma valorização do metical fez o rácio da dívida pública face ao PIB passar de 114% em 2016 para 84% este ano, segundo os dados do FMI.

Do ponto de vista dos investidores, a estratégia parece ser ‘aguentar firme’ até que as receitas do gás comecem a entrar e o país possa, então, saldar as dívidas na totalidade.

“Eles querem conhecer a total e verdadeira situação financeira do país”, comentou o gestor financeiro Lutz Roehmeyer, da firma Landesbank Investimentos, em Berlim, que gere mais de 4 mil milhões de dólares, incluindo dívida moçambicana.

“Como é que se pode decidir o que quer que seja sem o conhecimento total dos números da dívida? Mas os títulos valorizaram-se e portanto os detentores destes títulos estão felizes, olham para Moçambique como um país com um futuro brilhante depois de resolver o ‘default'”, acrescentou o gestor à Bloomberg.

Há, no entanto, quem ache que só a médio prazo haverá novidades: “Este é o mesmo regime que criou o problema; a Frelimo acha que o tema vai morrer com o tempo, os doadores vão esquecer, e mais tarde o mais cedo vamos voltar a ter ‘business as usual’, mas acho que as negociações com os credores só vão recomeçar lá para 2020”, depois das eleições de 2019, disse Roberto Tibana, o fundador da consultora moçambicana Analítica-RJT.

Fonte: Lusa

Divulgação total da auditoria à dívida de Moçambique é peça-chave para ajuda financeira – FMI

15 Sexta-feira Set 2017

Posted by mozrealblog in Auditoria, Dívida Ematum, Dívida Pública, FMI, Fundo Monetário Internacional, Kroll, Reestruturação da dívida, Sem categoria

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fundo_monetario_internacionalO Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje que a divulgação da totalidade da auditoria aos empréstimos escondidos em Moçambique é uma peça fundamental para a negociação de um novo programa de ajuda financeira e técnica.

“O sumário foi publicado, agora gostávamos de ver a publicação do relatório inteiro, e já dissemos que acreditamos que a divulgação pelas autoridades do resto das informações, particularmente as que faltam sobre os destinatários dos empréstimos, é uma peça-chave”, disse esta tarde o diretor do departamento de comunicação do FMI, no seguimento de um conjunto de perguntas envidadas pela Lusa.

Durante a conferência de imprensa quinzenal do FMI, Gerry Rice vincou que a divulgação da auditoria completa é muito importante em termos da transparência da gestão económica e financeira do país.

“Isto são passos para fortalecer a transparência e preencher as lacunas de informação será crítico para [as negociações sobre] um novo programa” de ajuda técnica, política e financeira.

A missão do FMI que em julho visitou Moçambique deixou Maputo sem anunciar quando é que a instituição poderá retomar o apoio financeiro ao país.

Em vez disso, o FMI voltou a pedir ao Governo que ajude a esclarecer para onde foi a maioria dos dois mil milhões de dólares de dívidas ocultas do Estado, contraídas entre 2013 e 2014, sob a presidência de Armando Guebuza.

“Persistem lacunas de informação essencial que carecem de ser resolvidas, no que concerne ao uso dos proveitos dos empréstimos”, disse o chefe da missão Michel Lazare, citado num comunicado distribuído pelo FMI a 20 de julho.

Esta declaração surge depois de as três empresas públicas que contraíram as dívidas se terem recusado a dar informações à consultora Kroll.

Esta recusa foi destacada pela negativa no sumário executivo da auditoria que em junho concluiu que as empresas (Ematum, Proindicus e MAM) e respetivos projetos de pesca de atum, defesa das águas territoriais e manutenção de embarcações serviram apenas de fachada para os bancos emprestarem dinheiro.

Fonte: Lusa

Acordo com credores e ajuda do FMI ditam evolução do ‘rating’ de Moçambique – S&P

05 Sábado Ago 2017

Posted by mozrealblog in Dívida Ematum, Dívida Pública, Economia, FMI, Fundo Monetário Internacional, PIB, Reestruturação da dívida, Sem categoria, Standard & Poor's

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Falta de agua potavel na cidade da Maxixe, sul de Moçambique/Foto: Edmundo G. Matos

A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) disse hoje que uma melhoria na avaliação do ‘rating’ de Moçambique depende da reestruturação da dívida, dos contornos da ajuda do FMI e da avaliação da economia real.

“Podemos subir o ‘rating’ das emissões de dívida em moeda estrangeira quando o incumprimento financeiro for resolvido, dependendo das condições de um programa prospetivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), do resultado das negociações entre o Governo e os detentores dos títulos de dívida e da nossa avaliação sobre os efeitos do contágio do ‘default’ à economia real”, diz a S&P.

Na ação de ‘rating’ hoje divulgada, na qual são mantidas todas as opiniões de crédito, os analistas da S&P dizem considerar que “o FMI vai provavelmente ligar um novo pacote de ajuda financeira a medidas tomadas pelo Governo para melhorar a governação e a transparência, no seguimento da auditoria da Kroll à dívida”.

Para a S&P, será este retomar, “juntamente com a finalização de uma análise sobre a sustentabilidade da dívida pelo FMI, que vai alicerçar os termos de uma possível reestruturação sobre os títulos de dívida” emitidos em 2016, com maturidade em 2023, no valor de 727 milhões de dólares, e sobre os quais Moçambique entrou em incumprimento financeiro a 18 de janeiro, quando falhou o pagamento da prestação de quase 60 milhões de dólares.

Ao longo de todo o relatório, a S&P afirma por diversas vezes que não tem um calendário previsto ou previsível sobre a renegociação do pagamento da dívida pública emitida em moeda estrangeira, nem sobre o resultado dessas negociações.

A maioria dos analistas tem considerado que um acordo com os credores internacionais só será alcançado quando Moçambique conseguir convencer o FMI a retomar a ajuda financeira, suspensa na sequência da divulgação, no ano passado, dos empréstimos escondidos no valor de 1,4 mil milhões de dólares.

Na ação de ‘rating’ hoje divulgada, a S&P manteve o ‘rating’ para a dívida em moeda externa de Moçambique em ‘Incumprimento Seletivo’ e também manteve a dívida emitida em meticais abaixo da recomendação de investimento.

A perspetiva de evolução (‘Outlook’) para as emissões de dívida em meticais mantém-se Estável, o que significa que “não é previsível que haja uma melhoria na avaliação da dívida interna nos próximos 12 meses”, enquanto as emissões em moeda externa, os chamados ‘eurobonds’, não têm uma previsão de evolução porque são um facto – o incumprimento financeiro – e não uma avaliação da capacidade do emissor para pagar aos credores.

Fonte: Lusa

Consolidação e transparência nas contas de Moçambique prioridades para o FMI

28 Sexta-feira Jul 2017

Posted by mozrealblog in Dívida Ematum, Dívida Pública, FMI, Fundo Monetário Internacional, Governo de Moçambique, Moçambique, Orçamento do Estado, Reestruturação da dívida, Sem categoria

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IMF executive director Lagarde attends a news conference after a Eurogroup meeting in Brussels

Christine Lagarde, Directora-Executiva do FMI

O economista-chefe da consultora Eaglestone considerou esta quinta-feira, em declarações à Lusa, que uma melhoria na consolidação orçamental e mais informação sobre os empréstimos escondidos são os dois aspetos mais importantes que resultam da visita do FMI a Moçambique.

“Primeiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta mais uma vez para a necessidade de haver consolidação orçamental para que isso possa levar a uma redução gradual da dívida pública e, segundo, voltou a chamar a atenção para a necessidade de ser divulgada mais informação sobre a utilização dos fundos provenientes dos empréstimos contraídos pela Ematum, Proindicus, e Mozambique Asset Management”, disse Tiago Dionísio à Lusa.

Questionado sobre os principais aspetos do comunicado do FMI, divulgado no final da visita a Moçambique, na semana passada, o economista salientou que “estes pontos são fundamentais” e devem ser encarados como “um aviso para que o Orçamento do Estado para o próximo ano, atualmente em preparação, tenha estas questões em conta”.

No comunicado, o Fundo alertou que Moçambique precisa urgentemente de consolidar as finanças públicas, assinalando que o país enfrenta perspetivas económicas difíceis, apesar da melhoria de alguns indicadores. Apelou ainda ao Governo para tomar medidas para suprir “lacunas de informação essencial” em relação à forma como foi usado o dinheiro das dívidas ocultas.

Para Tiago Dionísio, a consolidação orçamental também servirá para “facilitar o processo de restruturação da dívida do país”, defendido não só pelo FMI, mas também pelo Governo moçambicano, que garante querer pagar as dívidas aos credores comerciais e aos detentores de títulos de dívida pública.

Sobre a informação que falta conhecer relativamente às dívidas escondidas, Tiago Dionísio concluiu que é “crucial serem tomadas medidas neste sentido, que visem melhorar a transparência das contas públicas e o ‘governance’, não só para que se possa avançar com um eventual pacote de ajuda financeira com o Fundo mas também para melhorar a relação com outros credores internacionais”.

Fonte: Lusa

Missão do FMI fica em Maputo até dia 19 para discutir auditoria às dívidas ocultas

10 Segunda-feira Jul 2017

Posted by mozrealblog in Dívida Ematum, Dívida Pública, FMI, Fundo Monetário Internacional, Kroll, Reestruturação da dívida, Sem categoria

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Sede do governo da República de Moçambique/Foto EGMatos

O Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou hoje uma missão a Moçambique, até dia 19, para discutir com as autoridades a auditoria às dívidas ocultas do país, que há um ano fizeram congelar os apoios externos.

Segundo o FMI, “persistem lacunas de informação, em particular no que respeita ao uso dos empréstimos”, no valor de dois mil milhões de dólares, contraídos por empresas públicas detidas pelos Serviços de Informações e Segurança do Estado (SISE) à revelia do parlamento e parceiros internacionais em 2013 e 2014.

O FMI e doadores fizeram depender a retoma dos apoios diretos ao Orçamento do Estado dos resultados das averiguações e ainda não se sabe o que irá acontecer.

A consultora Kroll queixou-se de falta de colaboração dos responsáveis pelas empresas para disponibilizar informação sobre o destino dos fundos, ao mesmo tempo que indiciou diversas pessoas, sem referir nomes, por má gestão e violação da lei e classificou os planos das empresas como irrealistas.

A missão do corpo técnico do FMI visa “discutir os resultados da auditoria com as autoridades e possíveis medidas de seguimento”, anunciou a instituição, em comunicado, depois de conhecido o sumário executivo, em junho.

Entre essas medidas está a possibilidade de “trabalhar com as autoridades para abordar preocupações relacionadas com a gestão de recursos públicos”.

A missão deverá também “reavaliar a situação macroeconómica e discutir as prioridades das autoridades relativas ao orçamento de 2018”, anunciou.

A agenda de encontros entre os elementos do FMI e as autoridades moçambicanas permanece reservada e as reuniões vão decorrer à porta fechada, disse fonte do fundo à Lusa.

Fonte: Lusa

Nyusi diz que incerteza sobre retoma da ajuda do FMI é grande desafio

03 Segunda-feira Jul 2017

Posted by mozrealblog in Banco de Moçambique, Filipe Nyusi, FMI, Fundo Monetário Internacional, Sem categoria

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Ao fundo, o novo complexo do Banco de Moçambique inaugurado pelo Presidente Filipe Nyusi

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, afirmou hoje em Maputo que a incerteza sobre o programa de assistência do Fundo Monetário Internacional (FMI) é um “grande desafio” para o país, apelando ao aproveitamento das vantagens de que o país dispõe.

“É importante a gestão das operações financeiras do Estado no atual cenário da não entrada da ajuda externa e é igualmente necessário considerar como um grande desafio a incerteza da retomada do programa do FMI”, disse Filipe Nyusi, falando na inauguração de dois novos edifícios do Banco de Moçambique.

A economia moçambicana, prosseguiu Filipe Nyusi, começa a dar sinais de recuperação, mas continua a enfrentar obstáculos, nomeadamente a volatilidade dos preços das matérias-primas que o país mais exporta.

“Continuamos a advertir para o acompanhamento e monitoria dos indicadores macroeconómicos face a diferentes riscos e incertezas, como a volatilidade dos preços das ‘commodities'”, acrescentou o chefe de Estado moçambicano.

O Presidente sublinhou que as medidas tomadas de forma coordenada pelas várias instituições governamentais permitiram que o controlo da inflação e da taxa de câmbio, depois de estes indicadores terem registado níveis preocupantes nos últimos dois anos.

“Hoje, a taxa de câmbio do metical em relação ao dólar situa-se em torno de 60 meticais contra o pico de 80 meticais que atingiu em 2016 e a inflação baixou dos 25%, no final de 2016, para 20,7, em maio do presente ano”, frisou Filipe Nyusi.

Para consolidar os sinais de retoma que tem estado a registar, prosseguiu Filipe Nyusi, o país deve capitalizar as vantagens comparativas de que dispõe, nomeadamente nos recursos naturais.

As instituições financeiras internacionais e os principais doadores suspenderam a ajuda a Moçambique, após a descoberta em abril do ano passado de empréstimos de mais de dois mil milhões de euros secretamente avalizados pelo Governo moçambicano entre 2013 e 2014.

Os parceiros internacionais condicionavam a retomada da ajuda à realização de uma auditoria internacional aos referidos empréstimos.

A Procuradoria-Geral da República de Moçambique divulgou há pouco mais de uma semana um sumário do relatório da auditoria, que detetou a falta de esclarecimentos em relação à utilização do dinheiro das referidas dívidas.

Fonte: Lusa

FMI prevê que Moçambique cresça 4,5% ou mais este ano, impulsionado pelo carvão

01 Quinta-feira Jun 2017

Posted by mozrealblog in Crescimento economico, Crise Económica Global, Economia, Economist Intelligence Unit, FMI, Fundo Monetário Internacional, Sem categoria

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Mina de carvão em Moatize, Tete, Centro de Moçambique.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia de Moçambique cresça 4,5% ou mais este ano, graças ao aumento do preço mundial do carvão.

A recuperação da economia moçambicana ainda é “insipiente”, referiu, mas em 2017 “vai haver crescimento” de pelo menos 4,5%, de acordo com as previsões da instituição, que está otimista – em 2016 o crescimento foi de 3,3%, em 2015 foi de 6,6%.

“Vamos esperar por mais dados, mas o que nos faz pensar nisso é a exportação de carvão”, referiu Ari Aisen, representante do FMI em Maputo, durante uma conferência realizada na quarta-feira na capital moçambicana.

A tendência foi referida numa outra análise publicada em abril, que realçava o facto de Moçambique ter reservas estimadas de carvão acima de 20 mil milhões de toneladas, levando o Governo a querer fazer do país um dos dez maiores produtores de carvão do mundo.

A análise da Economist Intelligence Unit (EIU), da revista britânica The Economist, dirigida a investidores, sublinhou que o preço internacional do carvão recuperou fortemente desde mínimos de dez anos e que o empenho das empresas extrativas deve fazer com que o produto ultrapasse este ano o alumínio como a maior fonte de receitas de exportação em Moçambique.

No que respeita a outros indicadores, o FMI notou que a inflação ainda está acima de 20%, mas pode terminar o ano abaixo de 15%.

Ari Aisen apontou ainda como um sinal positivo a recuperação das reservas de moeda estrangeira.

Moçambique passa por uma crise económica e financeira, agravada pela descoberta de dívidas ocultas do Estado no valor de 1,4 mil milhões de dólares, o que fez com que o FMI e doadores internacionais suspendessem os apoios ao país no último ano.

As previsões do FMI apresentadas na quarta-feira são moderadas no conjunto dos números anunciados por diversas entidades e figuras públicas no final do primeiro trimestre.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, aposta numa taxa de inflação de 15% e num crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,5% em 2017.

Helena Afonso, analista de assuntos económicos com o pelouro de África nas Nações Unidas, disse à Lusa, em abril, que a previsão de crescimento da economia de Moçambique foi revista em baixa de 5,5% para cerca de 4%.

O Banco de Moçambique disse na última semana prever que a inflação fique entre 12,5% e 14, 5% em 2017 e que o PIB cresça entre 3% e 4%.

Já em fevereiro, a EIU tinha previsto que a economia de Moçambique cresça 4,2% em 2017, depois de no ano passado ter registado o valor mais baixo dos últimos quinze anos (3,3%).

Sobre a inflação, que chegou ao recorde de 27% em novembro do ano passado, a expectativa dos analistas da Economist é de que a taxa vá descendo, mas referem que este ano deverá ficar ainda acima de 23%.

Fonte: Lusa

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